Embarcamos agora para o passado. No caso, para a Itália em 2011, mais precisamente para Milão.
Antes, vou explicar o motivo de a maioria dos meus #tbt europeus serem daquele ano: foi em 2011 que morei em Portugal durante um semestre, cursando um período de Direito na Universidade de Coimbra. Com uma vida universitária e com muita vontade de conhecer o que ainda não conhecia, aproveitei para rodar o continente de forma “low cost”.
E é por isso que resolvi introduzir o post assim: não sei qual é o seu caso, mas, se quiser economizar, faça como eu e viaje de Ryanair! Com promoções constantes de passagens, ás vezes é possível pagar €1 (um euro) por um trecho aéreo. O detalhe é que não é possível, por este valor, levar bagagem, a não ser de mão. Mas um mochileiro de verdade não se intimida, muitas vezes até levando boa parte das roupas no próprio corpo, ao melhor estilo “múmia“.
Sem mais delongas
Depois de belíssimos dias na tão sonhada e aclamada Veneza, cidade que já havia conhecido numa viagem anterior em família, fui, com amigos, a Milão. Em meio a atividades puramente culturais, como visitas a castelos e igrejas, e também a ruas e galerias tão caras e elegantes, houve a oportunidade de assistir a uma partida de futebol no San Siro, ou Giuseppe Meazza, entre os times Internazionale e Chievo. Italiano também ama a nossa paixão nacional.
O que eu amo na Itália, além da beleza quase número 1 no mundo, é a simpatia e a extroversão do povo italiano. Claro, alguns passam dos limites e acabam levando a fama de mal educados e estabanados, não dá pra negar. Mas me senti tão querida! Entrei numa loja de chocolates e recebi alguns de cortesia só por ser brasileira. Adorei o carinho tipicamente latino.
Mas falando de onde ir, alguns pontos são obrigatórios, tais como a Piazza Duomo e a Catedral “Duomo” (redundante falar assim, já que “duomo” é catedral), terceira maior igreja do mundo, na praça que sedia vários grandes eventos, como shows e manifestações.

Outro must see é a Galeria Vittorio Emanuele II. Na ida da Piazza Duomo para a Praça Scala, é irresistível aos olhos dar uma passadinha na bela galeria. OBS: Entre olhando para cima! E este passeio acompanha bem um gelato da Cioccolati Italiani.
Por dentro é possível sentar em um dos cafés ou comer em algum restaurante tradicional milanês, como o magnífico e chiquérrimo Savini, cujos preços variam de €50 a €130. Para os mais exigentes e antenados, lojas como Louis Vuitton e Prada se fazem presentes. Aliás, Milão é a capital da moda, né? Há inclusive um ponto onde isso se torna evidente: o Quadrilátero da Moda.
Outro lugar fora de série é o Castelo Sforzesco, que teve origem entre os anos de 1360-1370, com restaurações realizadas no início do século XX. Hoje o castelo abriga um grande museu, com um acervo tão grande que seria quase impossível visitar tudo em um dia só. Se estiver com pouco tempo, só a visita externa já vale a ida. Em termos de arte, também é recomendável a passagem pelo Museu de Arte Antiga para ver de perto o quadro de Da Vinci Sala delle Asse. Já para ver a Última Ceia, que fica numa catedral, deve-se agendar horário.
Sobre dicas de “onde comer“, Milão oferece diversos restaurantes estrelados pelo francês “Guia Michelin” e também pelo selo da casa, o Gambero Rosso. Contando com duas estrelas Michelin, são três os restaurantes: o Cracco (mais contemporâneo), o Sadler (cujo forte são os peixes) e o Il luogo di Aimo e Nadia, com influência toscana.

Já para bolsos menores, há a suculenta Pizzeria Spontini, com pizzas em pedaços e o mercado municipal (Mercato Comunale), com muitas lojinhas típicas. No tocante aos bons cafés, que por sinal são melhores do que de costume em se tratando da Itália, uma ótima opção é a Pasticceria Marchesi, que tem a Prada como sócia e conta com uma bela decoração. Para gastar menos e se deliciar, vá à Panini Durini. Ah, e um que não pode faltar é o famoso Illy Café, que carrega o nome de renome mundial em uma loja exclusiva.
Andar pelas ruas de Milão nos faz sentir mais ricos (a não ser quando decidimos de fato entrar nas lojas, rs), mas os prazeres gratuitos na Itália são igualmente infinitos, então não se preocupe. E cuidado, é perigoso faltar vontade de voltar para o Brasil. São muitos os casos de gente que vai e decide ficar, inclusive fui recebida na casa de alguém que passou por isso. Apenas vá e… benvenuti!