De 1 a 22 de abril aconteceu, na bela Santa Teresa, região acolhedora, charmosa e primeira cidade de colonização italiana no Brasil, localizada nas montanhas capixabas, a 5a edição do Festival Santa Teresa Gourmet. A contar do dia 19 o festival tomou o miolo do município e contou com aulas-show, food trucks e nomes de destaque na gastronomia desse estado.

Para dar início à experiência inesquecível, Blogs e Imprensa, junto ao Chef e apresentador da Tv Vitória Alessandro Eller, estiveram presentes no dia 15 de março ao município da região serrana. Tudo começou no Ristorante Giardino, que apresentou um belo risotto que também pode ser apreciado durante a festividade.

O risotto italiano contou com a seguinte composição: linguiça artesanal da região, queijo tipo Grana Padano, tomates cereja, pimentões, alho poró e bacon crocante, servidos numa encantadora cestinha de parmesão. De sobremesa, ainda pedi uma Banoffee Pie, torta recheada de banana e com um doce de leite muito mais gostoso do que esses que a gente encontra em supermercado. Vale à pena experimentar!!!!
Do Giardino, seguimos para o Senac recém inaugurado, que conta com ampla cozinha industrial. Lá foi possível acompanhar o preparo dos vários pratos que estiveram disponíveis durante o festival, inclusive os realizados com carinho e tradição por senhoras da terceira idade do município: como um tortelli feito de abóbora e um agnolini bem italiano.
Importante destacar que o festival deste ano conta com eleição online do melhor prato, o que deixou o evento ainda mais emocionante e o sabor dos pratos ainda mais caprichado. Obviamente não fiquei de fora dessa!
Minha experiência durante o festival
Conhecia pouco Santa Teresa, havia visitado apenas duas vezes. Mas ontem (22.04) se tornou um marco decisivo: desbravamos a cidade e pudemos sentir na pele o potencial turístico que, por sinal, vem sendo muito bem explorado. Primeiro visitamos a Rua do Lazer, onde paramos para tomar uma cachaça no Elite Bar, tradicional boteco. Tão bom sentar próximo aos locais e se sentir parte de tudo (tinha até um homem tocando um berrante), foi épico.
Depois paramos para turistar em frente à igreja Matriz e fazer umas boas fotos. Em seguida, tomamos um taxi com destino ao Circuito Caravaggio: nosso destino era o restaurante Vilaggio Zamprogno. Lá, fomos degustar o prato oferecido ao festival, que consistiu num delicioso e suculento Gnocchi de batata com recheio de queijo com mel na manteiga de ervas e filé mignon com creme de queijo (para uma pessoa, R$ 39,00).
Aproveitamos a proximidade da rampa de voo livre e subimos por quase um quilômetro. A vista pagou a caminhada: stunning. Fantástico! Ainda que não fôssemos voar, aquilo era de tirar o fôlego. Experimente passar um tempo ali, tomando algo do bar e apreciando a paisagem.
Mas como bons gordinhos, fomos atrás da sobremesa. Paramos na Dona Brigadeiro, um charmoso veículo que vende doces. O especial do festival foi um Brownie muito bem servido com Nutella, creme de ninho e morango, servido com o famoso e especial café do Jacú (por isso o valor de R$ 30 nos dois, o que foi completamente justo).
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Seguimos então para a praça Augusto Ruschi, que virou sede de acontecimentos. Lá havia toda a estrutura de cozinha, palco, trucks, etc. Inclusive pude acompanhar a produção de uma super paella e a harmonização de vinhos e queijos pelo Chef Paulo Gaudio.

Ainda com fome, paramos na Santa Sfiha. Esqueça tudo o que você sabe sobre esfirra. O negócio ali é diferenciado e cheio de sabor!! Um espaço moderno e muito bem decorado, que mantém os preços acessíveis de mercado e proporciona momentos muito agradáveis. Provamos a selecionada para competir no festival, conhecida como “Santa Sfiha“, mesmo nome da casa (R$ 6 APENAS). Ela é composta por linguiça teresense com queijo mussarela, palmito pupunha, tomate e geleia de pimenta e ganhou o título de “melhor esfirra da vida” por Yuri Santos Neves.

Além dela, provamos a de Pão de Alho, Cheddar e Bacon e Morango com Nutella e sorvete. Definitivamente nem sei qual foi a melhor, estou chocada até agora. Para completar, tomamos as Sodas Italianas com Vodka, que saem bastante. A minha foi de Amora e a do Yuri foi de Curaçau Blue, sendo que ambas tinham aquele toque fotogênico que a gente adora.
Depois de estarmos finalmente cheios, voltamos para Vitória com muita esperança de ir para Santa Teresa o mais rápido possível e de preferência muitas e muitas vezes. Sentimos como se estivéssemos numa vila italiana, muito acolhedora e com um clima convidativo. Não poderia ter saído de lá com uma impressão melhor.
Turismo em Santa Teresa

Com imóveis tombados como patrimônio histórico e de colonização italiana, as ruas de Santa Teresa são cheias de charme e configuram uma atração disponível a todos os visitantes, com destaque para a famosa Rua do Lazer, que conta com excelentes opções de gastronomia. Já a praça Augusto Ruschi, a principal no município, além de ser uma “graça”, fica próxima do Museu Mello Leitão.
O museu, verdadeiro tesouro de Santa Teresa, foi criado pelo pesquisador Augusto Ruschi e hoje é administrado pelo Governo Federal. Lá está guardada extensa área de floresta preservada, um verdadeiro colírio para os olhos! Também é possível encontrar animais, como aves e tartarugas, e encantar a todas as crianças.
Para os paladares mais refinados e alcoólicos, o município oferece a vinícola Cantina Mattiello, lugar que permite agendamento de visita para degustação dos vinhos. E, nesta temática, visita obrigatória é a Claid’s Biscoitos, que já conta com mais de 20 anos de existência e sucesso. Na entrada da cidade é possível encontrar a fábrica, anexa a uma loja que possibilita a degustação de seus produtos.

Para quem procura aventura, é possível aproveitar a Rampa de Voo Livre Amauri Fernandes, pertencente ao circuito Caravaggio. Na rampa há opções de saltos de parapente numa vista privilegiada. E ao longo do circuito, há ainda a Casa dos Espumantes, a Cachaça da Mata, a vinícola Tomazelli e o Sítio Romanha, que vende desde artesanatos até licores.
E se eu for passar um dia lá, por qual dos dois restaurantes devo optar para um almoço, na sua opinião? Você chegou a ir na casa dos espumantes?
Cheguei a ver a Casa dos Espumantes, que fica no Circuito Caravaggio. Mas não entrei! Acredito que valha muito a visita! Quanto ao restaurante, difícil escolher um. Se você for passar um dia só, talvez seja melhor comer no Giardino, por ficar no centro. O Vilaggio fica afastado, a vantagem é a proximidade da rampa de voo livre.